terça-feira, 28 de julho de 2009

ONOMATOPÉIA I

Eu acho hilário para não dizer triste, desenhistas de quadrinhos daqui do Brasil se renderem tão facilmente a onomatopéias estadunidenses sem nem se perguntarem por quê?!

Numa comunidade do gênero um internauta criticava um colega acerca do uso dele de “kanjis” como onomatopéia; contudo, você (leitor) nunca veria um tópico com alguém indignado de um doujinshiká (fanzineiro) ou mangaká usando onomatopéia inglesa.

A mim me parece idêntico o problema. Quando toquei no assunto a resposta veio rápida e sem pensar: porque se pode ler. Ora... Claro que se pode ler! Está em caractere romano (significa: herdado do idioma latino). Se o artista estivesse posto em “romanji” seria aceito e não haveria broncas.

Confesso que não sei muito de japonês, principalmente kanji, mas eu sou admirador explícito da cultura nipônica. A influência deles dita a cultura do século XXI e isso deixa muita gente nervosa. Engraçado que ninguém reclamava da influência estadunidense com a DC e Marvel... Será que é por ser considerada “normal”?!

Uma internauta, também desenhista, confidenciou: “Uma das coisas q acho muito estranho, é quando o pessoal coloca onomatopéias que descreve uma cena de soco e na parte de onomatopéia está escrito SOCA... não sei se ainda tem gente que usa esse tipo de onomatopéia...”

Vamos comparar? Ou melhor, estudar a situação e ver se realmente é tão ruim assim?

Abaixo na figura 1 temos várias cenas com a onomatopéia japonesa que se “molda” ao quadrinho (a tradução é das editoras). Imagine-as escritas em românico.


Agora vamos trabalhar sob a observação da colega desenhista. Primeiro faremos de uma forma como ela deve haver encontrado a onomatopéia, sem maiores retoques nem integração com a cena como a figura 2.

Agora, vamos pegar a mesma cena e fazer o possível para criar aquela onomatopéia com a melhor integração possível, participando da cena assim como os “feras” dos quadrinhos japoneses nos ensinam em cada página virada de suas criações; figura 3.

Bem... Não vou te dar (leitor) nenhuma resposta, vou deixar a você a resposta própria.

O assunto não terminou aqui, apenas uma pauta dele. Pretendo voltar a discutir sobre isso mais tarde.

Dominus tecum.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

PESQUISAR OU NÃO PESQUISAR: EIS A QUESTÃO

Recentemente andei promovendo discussões acerca dessa particularidade numa comunidade de pretensos (assim como eu) a mangakás; contudo, ainda sou doujinshiká, pois não tenho nenhum trabalho publicado, apenas meus doujins. Duas sagas finalizadas e uma edição única (popular one-shot) em andamento.

Dei uma fraquejada, como se lê em
Impotência da Ação, por causa de uma paixão que me deixou em parafusos. =oP

Desenhista de Histórias em Quadrinhos (HQ) no Brasil é preguiçoso. Se possui uma idéia na cabeça não parte a pesquisar, testar, buscar novos ângulos e até ensinar como vemos em mangá. Afinal, o objetivo do mangá era ensinar no pós guerra.
Deve-se pesquisar sim. O caminho do mais fácil deve ser abandonado. Porque sempre será descoberto o ótimo em meio aos ruins, como tratei no gibi abaixo. Quem trabalha de fato e expõe idéias boas se destaca e não há quem o pare ou o cubra, será como o sol, um dia nublado o esconde, mas uma hora ele aparecerá esplendoroso.

Podemos ensinar algo sim, passar uma mensagem sim; quantas vezes nós aprendemos num mangá, num anime, numa HQ qualquer, e guardamos para nós. Ficamos satisfeitos por ter lido, meditamos. Onde quero chegar? Nós, pretensos HQuistas podemos fazer isso também, mas antes de tudo, temos de fazer o dever de casa: pesquisar, preparar-se e depois detonar com qualidade e vontade!

Vamos estudar, fazer pesquisa!

Não durmamos entregues à preguiça.
Dominus tecum.

terça-feira, 21 de julho de 2009

CAMBADA


O motivo de eu ter escolhido o doujin Cambada foi pela figura da garotinha em estilo lolicon da Clarissa França. A capa não é colorida, mas é chamativa, simples e objetiva. Não sou um imbecil que só compra um doujinshi pela capa colorida, pois a bela camuflagem pode esconder um pesadelo em forma de roteiro. Nem sempre o traço bonitinho garante um enredo de qualidade.

CAMBADA é uma HQ que eu possa considerar como regular. Por quê? Porque o que salva a edição são as garotas! Sim, as garotas!

Dos caras envolvidos no projeto, quem eu possa destacar como criativo e inteligente é o Gustavo Mozilla em sua “Cantigas de Ninar”, um verdadeiro curta metragem de arte e escárnio das lindas cantigas infantis que aprendemos na escola em nossa idade infante. Se eu explicar demais estrago tudo. Leia!

Os outros artistas, Alisson, Gregorio Romero seguiram pelo caminho do quanto mais ridículo melhor, pois não há nenhum esforço de apresentar nada criativo sendo fácil a composição de quadrinhos grotescos e sem conteúdo. Se era para fazer rir, informo-lhes que não alcançaram o objetivo. O que você vê e lê na arte e no enredo, qualquer moleque de 5ª série seria capaz de criar as mesmas coisas durante uma aula chata na última página do caderno num momento de tédio. Isso até soa ríspido, pois há meninos de quinta série com melhor conteúdo que o que encontrei em: “Cenas de violência gratuita” e “Mais um dia feliz na Praça da Bosta”.

Voltemos às meninas. Vou falar 1° da Naomi, porque a Clarissa foi a responssável por minha aquisição do doujin, logo, a mais especial.

Naomi usou o estilo debochado do traço, sem nenhum cuidado “aparente”, contudo, o cuidado estava lá: na sua proposta de criticar o minimalismo, porque na página 12 (vide ilustração) ela deixa claro sua crítica muito inteligente. Ela usou com muita criatividade o traço de troça e o enredo irônico num ambiente escolar perturbado. Eu li com uma facilidade a história dela! E se eu souber que tem outro doujin com uma história dela eu compro.

Agora a Clarissa... Em seu “Homem é Tudo Tonto!” eu já fui começar a ler com raiva por causa do título e curtindo o visualzinho kawaii da personagem feminina lolitinha (Qual o nome dela?!), veja a ilustração. Daí foi indo, foi indo, e eu fui vendo como essa garota é talentosa... Ela conduz o leitor divertidamente e sem ofender, mesmo criticando de maneira suave como uma mulher esperta conduz seu homem da maneira que quer sem esforço, fazendo-o pensar que é o condutor. A Clarissa França bem que poderia ter seu próprio doujinshi sem problemas, na minha opinião de doujinshiká, ela se sustenta sozinha.


A história “Burrocracia” é legal. A arte do Papito é boa, mas não chega a comover. Não sei se a proposta era o enfoque direto no rosto das personagens, mas isso cansa; mesmo sendo só seis páginas de história. Imagina se fosse uma saga, daí seria um esforço ler.

Embora tenha histórias que te afastam o doujinhi CAMBADA vale a pena ser comprado e lido graças ao trabalho artístico de Cássia Naomi, Gustavo Mozilla e da talentosa Clarissa França.


Dominus tecum.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

O FESTIVAL DE DANÇA E A GRIPE SUÍNA (ou H1N1)



Tudo o que se vê na TV é: proteja-se!



Não foi dito se os bailarinos foram examinados os que vêm de áreas de risco. Estive na Feira da Sapatilha e aquele aglomero, preocupados com o momento.


Alguns simpatizantes do festival dizem não ser bem assim, afinal é só se cuidar e contar com a sorte. Viver é questão de sorte mesmo, até abusando?! Talvez não aconteça nada, quiçá; mas se acontecer aí colocam alguém bom de retórica na TV e ele põe na cabeça que isso não é algo para se preocupar.


Bem humano isso


Isso me lembra os animes a qual eles sempre nos chamam a reflexão de humanos que não se cuidam e acham que assim é o melhor caminho. Vi isso em Ultra Seven X (tokusatsu) rescentemente, confira as duas imagens:





Dominus tecum.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Impotência da Ação


Eu ando com tantas idéias, mas não as coloco no papel por falta de motivação. Que desgraça é ser este ser de emoções e químicas que nos faz humano.

Estímulos e reações que nos limitam a criatividade e o querer. Bem diziam os gregos: “Mens sana in corpore sano” (Uma máxima de Juvenal, que, acreditava ele, ser o ideal humano). Não me basta um corpo são sem uma mente que o acompanha e vice-versa.

Que faço eu dessa minha moleza tão angustiante que me amordaça os movimentos do espírito? A resposta talvez seja: um grande amor findo traz essa mobilidade de sentidos.

Que eu me cure e os quadrinhos prossigam.

Dominus tecum.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

TEIMOSIA 24 HORAS POR DIA


Cá estou eu, novamente tentando pôr em atividade mais um BLOG em mais um servidor a qual eu acredito de boa fé. Ao menos o tenho visto como confiável em outros blogs como da minha conhecida Chissai.

QUERO continuar trabalhando em doujinshi e argumentando acerca de outros doujinshis, mas preciso, careço de um BLOG que não me amordace as palavras tão sofridas em tempo tão escasso que a vida atarefada nos propõe diáriamente.

Ao mesmo tempo estou feliz por poder publicar novamente em BLOG minhas humildes opiniões e imagens de tantos outros doujins que nascem e morrem pelas mãos de tantos artistas que se aventuram no mundo das HQs.

Dominus tecum!

UM BREVE HIATO NA PANDEMIA

 Eu não tenho ideia do alcance deste blog. Pode ser muito, pode ser pouco... Contudo, independente do alcance deste diário eletrônico ( qu...