terça-feira, 21 de julho de 2009

CAMBADA


O motivo de eu ter escolhido o doujin Cambada foi pela figura da garotinha em estilo lolicon da Clarissa França. A capa não é colorida, mas é chamativa, simples e objetiva. Não sou um imbecil que só compra um doujinshi pela capa colorida, pois a bela camuflagem pode esconder um pesadelo em forma de roteiro. Nem sempre o traço bonitinho garante um enredo de qualidade.

CAMBADA é uma HQ que eu possa considerar como regular. Por quê? Porque o que salva a edição são as garotas! Sim, as garotas!

Dos caras envolvidos no projeto, quem eu possa destacar como criativo e inteligente é o Gustavo Mozilla em sua “Cantigas de Ninar”, um verdadeiro curta metragem de arte e escárnio das lindas cantigas infantis que aprendemos na escola em nossa idade infante. Se eu explicar demais estrago tudo. Leia!

Os outros artistas, Alisson, Gregorio Romero seguiram pelo caminho do quanto mais ridículo melhor, pois não há nenhum esforço de apresentar nada criativo sendo fácil a composição de quadrinhos grotescos e sem conteúdo. Se era para fazer rir, informo-lhes que não alcançaram o objetivo. O que você vê e lê na arte e no enredo, qualquer moleque de 5ª série seria capaz de criar as mesmas coisas durante uma aula chata na última página do caderno num momento de tédio. Isso até soa ríspido, pois há meninos de quinta série com melhor conteúdo que o que encontrei em: “Cenas de violência gratuita” e “Mais um dia feliz na Praça da Bosta”.

Voltemos às meninas. Vou falar 1° da Naomi, porque a Clarissa foi a responssável por minha aquisição do doujin, logo, a mais especial.

Naomi usou o estilo debochado do traço, sem nenhum cuidado “aparente”, contudo, o cuidado estava lá: na sua proposta de criticar o minimalismo, porque na página 12 (vide ilustração) ela deixa claro sua crítica muito inteligente. Ela usou com muita criatividade o traço de troça e o enredo irônico num ambiente escolar perturbado. Eu li com uma facilidade a história dela! E se eu souber que tem outro doujin com uma história dela eu compro.

Agora a Clarissa... Em seu “Homem é Tudo Tonto!” eu já fui começar a ler com raiva por causa do título e curtindo o visualzinho kawaii da personagem feminina lolitinha (Qual o nome dela?!), veja a ilustração. Daí foi indo, foi indo, e eu fui vendo como essa garota é talentosa... Ela conduz o leitor divertidamente e sem ofender, mesmo criticando de maneira suave como uma mulher esperta conduz seu homem da maneira que quer sem esforço, fazendo-o pensar que é o condutor. A Clarissa França bem que poderia ter seu próprio doujinshi sem problemas, na minha opinião de doujinshiká, ela se sustenta sozinha.


A história “Burrocracia” é legal. A arte do Papito é boa, mas não chega a comover. Não sei se a proposta era o enfoque direto no rosto das personagens, mas isso cansa; mesmo sendo só seis páginas de história. Imagina se fosse uma saga, daí seria um esforço ler.

Embora tenha histórias que te afastam o doujinhi CAMBADA vale a pena ser comprado e lido graças ao trabalho artístico de Cássia Naomi, Gustavo Mozilla e da talentosa Clarissa França.


Dominus tecum.

Um comentário:

  1. Olá...
    Vi seu comentário sobre a revista Cambada e queria agradecer pelos elogios... Vou pensar sobre fazer mais doujinshi... quem saber realmente não dá certo??!!!
    thanks!!!!

    Clarissa

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